As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)
Não são recentes no mundo da saúde. Desde 1854, com a Guerra da Criméia (1854 - 1856), a enfermeira Florence Nightingale, separando os feridos da guerra com quadro grave daqueles com pequenos ferimentos, conseguiu diminuir os índices de mortes e infecções, prestando uma assistência mais cuidadosa àqueles que mais necessitavam. Com essa atitude, Florence semeou a importância sobre a monitoração ao paciente grave, o que viria a idealizar as UTIs. (GOLDWALSSER, 2004).
Naquela época o cuidado de enfermagem não era institucionalizado, sendo realizado voluntariamente por religiosos e leigos, permeado de atributos como abnegação, espírito de serviço e obediência, apresentando características de uma prática sacerdotal e caritativa. Com o passar dos anos os recursos foram se aprimorando e o modelo inicial de UTI foi estabelecido nos Estados Unidos, por volta da década de 1930, pelo médico neurocirurgião Walter Edward Dandy. Esta unidade era composta por três leitos para pós-operatório neurocirúrgicos.
O primeiro médico intensivista foi Peter Safar, anestesiologista, na década de 1950. Mas é importante ressaltar que as UTIs tiveram sua origem nas salas de recuperação pós-anestésica, onde os clientes que se submetiam a procedimentos anestésico-cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais. (GOLDWALSSER, 2004).
Em 1951, o Dr. Kentaro Takaoka, então um jovem médico anestesista do Hospital das Clínicas (segundo colegas, ele sempre disse que gostaria de ser engenheiro e que havia estudado medicina por imposição do pai, uma vez que como filho primogênito deveria seguir a profissão do pai conforme a tradição japonesa), cansado de enfrentar a falta de equipamentos adequados que dificultavam a prática de sua profissão, resolveu desenvolver, após obter subsídios no IPT da Escola Politécnica, um aparelho de dimensões reduzidas, capaz de executar a ventilação artificial controlada, Ele montou uma pequena oficina no Hospital das Clínicas/SP onde acabou fabricando, em 1952 o "aparelho de Takaoka".
Em São Paulo, o Hospital das Clínicas foi pioneiro na implantação das ainda incipientes UTIs.
Em 26 de Maio de 1968, realizou-se no Hospital das Clínicas, em São Paulo, pela equipe de Zerbini, o primeiro transplante de coração da América Latina.
Dr. Euryclides de Jesus Zerbini foi colega do Dr. Christian Barnard, o primeiro cirurgião a realizar um transplante cardíaco. (Christian Barnard realizou o primeiro transplante cardíaco no dia 3 de Dezembro de 1967).Com advento dessa evolução nas cirurgias ouve necessidade de se reestruturar essas unidades intensivas com profissionais e equipamentos e isso levo evolução das unidades terapia intensiva no Brasil.
O médico que trabalha em UTI, também chamado de intensivista, em geral possui título de especialista em medicina intensiva.
As doenças são inúmeras o que torna muito difícil a compreensão de todas elas. Porém, os mecanismos de morte são poucos e comuns à todas as doenças. É atuando diretamente nos ditos mecanismos de morte que o médico intensivista tira o paciente de um estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, pondo o mesmo em uma condição que possibilita a continuação do tratamento da doença que o levou a tal estado (doença de base).
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Marcelo Marinho
Fisiologia na UTI
Fisio.TV Intensiva
Marcelo Beraldo é Fisioterapeuta (Universidade Federal de Juiz de Fora), com doutorado em Ciências e especialização em Fisiologia Respiratória pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Têm experiência na área de Fisiologia e Fisiopatologia Respiratória. Atualmente esta realizando seu Pós - Doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo onde têm como principal linha de pesquisa os aspectos estruturais e gravitacionais da ventilação e perfusão pulmonar.
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE
Ventilação Mecânica 2013
PDF: www.pulmocardio.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Diretrizes-AVM-AMIB-SBPT-2013.pdf
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Encefalopatia Aguda pós PCR
Prof. Dr. Antonio Capone Neto
Pós-doutor pela Universidade de Pittsburgh (1994). Coordenador do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein; Administração Hospitalar pela Fundação Getulio Vargas. São Paulo,SP, Brasil
“Como Melhorar a Eficiência do Departamento de Emergência? Entre o Fluxo de Pacientes e Equipes Baseadas em Resultados”.
Nelson Akamine,Médico Especialista em Clínica Médica, Medicina Intensiva, Informática em Saúde e Gerenciamento de Projetos. Coordenador de Telemedicina e Coordenador de Projetos no Hospital Israelita Albert Einstein-SP
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