TC de tórax no rastreamento do câncer de pulmão em fumantes

 

Pela primeira vez, um ensaio clínico randomizado demonstrou que o rastreamento pode reduzir a mortalidade por câncer de pulmão. O National Lung Screening Trial (NLST), iniciado em 2002 e realizado em 33 centros norte-americanos, incluiu pouco mais de 53 mil fumantes e ex-fumantes. Os resultados iniciais do NLST foram anunciados no simpósio da AACR denominado Frontiers in Cancer Prevention Research, em novembro de 2010.

No NLST, os indivíduos foram randomizados para rastreamento anual por 3 anos consecutivos com tomografia computadorizada (TC) helicoidal de baixa dose ou com radiografia de tórax. Esses indivíduos, que tinham até 74 anos de idade, eram ex-fumantes em 51% dos casos, e 59% eram do sexo masculino. Mais de 20% dos participantes tinham um parente de primeiro grau com câncer de pulmão.

A TC de baixa dose reduziu em 20,3% a mortalidade por câncer de pulmão, em comparação com o rastreamento por radiografia simples. Em termos de números absolutos de óbitos, foram 354 no grupo com TC e 442 no grupo controle. Durante o período de 8 anos de estudo, 24,2% dos pacientes no grupo com TC tiveram um resultado positivo no exame de rastreamento, em comparação com 6,9% no grupo controle. Porém, aproximadamente 95% desses resultados eram falsos positivos em ambos os grupos. Ainda não foram divulgados resultados sobre as complicações advindas das biópsias para confirmação diagnóstica, as distribuições por estágios nos dois grupos ou os tratamentos recebidos pelos pacientes com câncer.

Embora o National Cancer Institute não tenha divulgado uma recomendação oficial a respeito do rastreamento de fumantes ou ex-fumantes com TC de dose baixa, os pesquisadores acreditam que os resultados do NLST deverão influenciar a prática clínica ao longo dos próximos anos.

18/11/2010


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