Estudo de validação do aparelho automático para medida de pressão arterial dixtal DX 2020 em unidade de terapia intensiva adulto
Idioma: Português
Data de Publicação: 2012
Local de Publicação: Campinas, SP
Orientador: José Luiz Tatagiba Lamas
Instituição: Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Ciências Médicas
Nível: Dissertação (mestrado)
UNICAMP: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Resumo:
A medição da pressão arterial em setores de emergência e cuidados intensivos é um procedimento utilizado para avaliar com rapidez a condição do paciente e direcionar a conduta terapêutica. Devido aos cuidados peculiares existentes na Unidade de Terapia Intensiva, a monitorização hemodinâmica desses pacientes é realizada por monitores automáticos multiparamétricos o que torna esse procedimento mais fácil e rápido. Esse tipo de monitorização consiste no controle de parâmetros como eletrocardiograma, pressão arterial (direta ou indireta), saturação de oxigênio, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória, capnografia e débito cardíaco. Para garantir a precisão e o desempenho desses aparelhos automáticos, estes devem passar por testes rigorosos a fim de validá-los para seu uso clinico. Assim torna-se necessário aferir sua confiabilidade usando protocolos adequados, reconhecidos por sociedades cientificas. Este estudo tem como objetivo avaliar a confiabilidade do monitor multiparamétrico Dixtal® DX 2020 na medida da pressão arterial em adultos de acordo com o Protocolo Internacional, proposto pela European Society of Hypertension (ESH). Para o desenvolvimento desse estudo foram realizadas medidas de pressão arterial em 33 sujeitos, com uso do esfigmomanômetro de coluna de mercúrio, da marca Unitec e o aparelho automático Dixtal® DX 2020 com número de série 81303876. Nove medidas sequenciais foram realizadas no braço, alternando entre o esfigmomanômetro de mercúrio e o automático em teste, conforme Protocolo Internacional, além da obtenção do eletrocardiograma. O protocolo estabelece a necessidade de atender duas exigências. Na primeira exigência o aparelho foi reprovado na PAS em todas as faixas. Das 99 diferenças obtidas, apenas 43 se situaram na faixa de 0 a 5 mmHg (de 73 exigidas), 69 medidas na faixa de 0 a 10 mmHg (de 87 exigidas) e 81 entre 0 e 15 mmHg (de 96 exigidas). Na PAD também foi reprovado em todas as faixas, obtendo 29 diferenças entre 0 e 5 mmHg, 56 entre 0 e 10 mmHg e 71 entre 0 e 15 mmHg, sendo exigidas 65, 81 e 93, respectivamente. Na segunda exigência pelo menos 24 sujeitos deveriam ter duas de suas três comparações na faixa de 0 a 5 mmHg, o que aconteceu somente com 16 sujeitos na sistólica e 9 na diastólica. Além disso, no máximo três poderiam ter todas suas comparações acima de 5 mmHg e isso aconteceu com 10 sujeitos na sistólica e 17 na diastólica. O aparelho não atendeu os critérios estabelecidos para a pressão sistólica (PAS) e pressão diastólica (PAD) em nenhuma das duas exigências, não sendo recomendado para o uso clínico de acordo com este protocolo. Cuidados com a validação dos aparelhos deveriam ocorrer com maior frequência no sentido de garantir às pessoas em cuidados intensivos valores fidedignos. É importante ressaltar que este estudo refere-se especificamente ao módulo de verificação da PA do monitor em estudo, não sendo possível tirar a mesma conclusão para suas outras funções.
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